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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pittsburg,31 deDezembro de 1976




Mesmo sendo véspera de Ano Novo e com o frio do inverno americano, 16.409 pessoas lotaram a Civic Arena em Pittsburgh para receber Elvis e o ano de 1977. Depois de três atos de abertura e uma longa pausa Elvis adentra o palco às 23h25. 

A platéia enlouquecida grita seu nome com alegria em meio a aplausos efusivos e estouros dos flashes das máquinas fotográficas que mais parecem fogos de artifício comemorando a virada do ano.






Elvis estava bem mais caloroso do que sua primeira visita em 1973, deixando até o microfone de lado por alguns minutos para ouvir uma fã que lhe desejava feliz aniversário (afinal ele faria 42 dentro de uma semana) e recebendo centenas de presentes dos fãs.

Sua voz também estava melhor do que na visita anterior, surpreendendo o público com notas de extrema dificuldade e oferecendo reprises que mais pareciam ser realizadas por um desejo masoquista que primava pela perfeição.





O material desse show também surpreendeu. Elvis parecia bem mais confortável com a execução de novas canções do que com as repetidas velharias que frequentemente povoavam suas apresentações, mas claro que haviam exceções necessárias como "Hound Dog" ou "Jailhouse Rock".

 Sua constituição física já não era a mesma de vinte anos atrás, do menino que se sacudiu em frente a milhões de pessoas nos shows de Ed Sullivan, mas mesmo assim a platéia delirava com as aparições do velho "Elvis the Pelvis" em meio a essa apresentação do novo Elvis ciente de sua idade.


 


 À sua disposição Elvis tinha os melhores músicos da atualidade, com a guitarra inquieta de James Burton, a bateria ligeira de Ronnie Tutt, a orquestra sagaz de Joe Guercio e os grupos The Sweet Inspirations e The Stamps Quartet, entre tantos outros nomes fantásticos que, se mencionados, tomariam um grande tempo, mas que, mesmo não mencionados, não deixam de ser peças essenciais ao sucesso das apresentações de Elvis Presley. Todos muito afinados com o humor de Elvis. Se Presley olhasse seriamente para um dos músicos, a face do mesmo se contorcia em dor; se sorrisse, o músico se acendia como uma árvore de Natal.
Ao soar da meia-noite, Elvis faz uma pausa e lidera o coro de "Auld Lang Syne" para o descontentamento de parte da platéia que chegou a ensaiar uma pequena vaia, mas logo retornou ao espetáculo embora parecesse ter perdido a centelha que o fez brilhar antes da meia-noite. No geral o show foi excelente, mas demonstrou que Presley já não representa mais a figura do rock e sim apenas a de um cantor country com uma legião de fãs. Uma mudança de cenário musical seria a melhor coisa a fazer, mas Presley parece determinado a mostrar para o mundo que um homem de meia-idade também pode ser um astro do rock. Se vai ter sucesso em sua empreitada ou fracassar, só o tempo poderá dizer.
Texto editado do artigo original publicado no Pittsburgh Post Gazette em 1º de janeito de 1977.
Fonte: http://elvisunchained.blogspot.com.br

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