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domingo, 27 de outubro de 2013

Jennifer Holden fala sobre Elvis





ENTREVISTA COM JENNIFER HOLDEN - JULHO DE 1999
 
O que se segue é uma entrevista telefónica feita a Jennifer Holden, levada a cabo por Andrew Hearn, em Julho de 1999. Toda a gente se lembra da loira teimosa, Sherry Wilson, que fez Vince Everett passar por maus momentos no filme de 1957, Jailhouse Rock. Nos estúdios as coisas eram mais ou menos iguais...

“Cada momento era tão intenso que nos amávamos totalmente um ao outro.”





Olá, Jennifer, é boa hora para telefonar?
 
Oh, sim, acabei de chegar, mas gostava de te entrevistar a ti primeiro, se não te importas, para variar.

Tudo bem, diga lá.

Há quanto tempo estás envolvido nestas coisas de Elvis?
 
Já tenho a revista há cerca de 6 anos, mas a edição a cores foi lançada apenas há uns meses, por isso, é algo de novo. Mas acabou por se transformar em algo de importante.

Isso é espantoso. És uma pessoa ligada aos computadores?
 
 



Bem, um pouco, mas eu tenho aqui algumas perguntas para lhe fazer. Vou começar com algumas que são óbvias. Conte-nos como obteve o papel em Jailhouse Rock.

Bem, antes estive num filme com Robert Taylor intitulado Tipping a Dead Jockey e estas eram pessoas tipo Rebel Without a Cause. Quase nem podia dar dez passos e dizer o que era suposto dizer. Eu disse como me sentia e o realizador gostou, mas Robert Taylor quase teve um ataque cardíaco. O realizador prometeu-me que eu estaria no seu filme seguinte e foi assim. O filme acabou por vir a ser Jailhouse Rock.
 
Lembra-se do seu primeiro encontro com Elvis? Quem vos apresentou?

Foi em Vegas e fui-lhe apresentada quando ele estava a atuar no Frontier. Naquele tempo ele tinha muito mau aspecto, com um velho casaco de cabedal vestido e pensei em passar-lhe uma rasteira quando ele fosse a passar. Alguns amigos meus apresentaram-nos, mas não me envolvi realmente com ele até fazer o filme.

Quando acabaram por se situar no filme, deram-se bem desde o primeiro dia?

Demo-nos muito bem, mas no início foi um bocadinho difícil porque acho que ele estava a passar por muitas mudanças emocionais porque sabia que ia ser mobilizado para o exército. Normalmente quando vimos para os estúdios e somos apresentados aos nossos colegas, toda a gente se esforça bastante para que todos se sintam à vontade. Mas Elvis limitou-se a ficar sentado num canto com os seus rapazes. Mas mal nos conhecemos como deve ser, ficámos bons amigos.
 
 
Elvis adorava mulheres, como todos sabemos. Ele chegou a namorar contigo?

Então é assim; o realizador trouxe a cena de amor, certo? E ainda nos sentíamos bastante frios um em relação ao outro e isso pode ver-se na minha cara. Bem, tivemos de fazer a cena do beijo e lembro-me de pensar que ia dar o meu melhor para penetrar na armadura dele. Correu bastante bem e deitei as defesas dele abaixo, nem foram precisos muitos takes, pois correu tão bem.





Convivia como Elvis fora do estúdio?

Não, nem tanto. Depois de termos feito a cena na piscina, regressei ao meu camarim e havia lá um interruptor com defeito. Fui acender um candeeiro perto da porta e de repente uma faísca saltou na minha direção, saía da ficha na parede. Fiquei tão assustada que gritei por Elvis e ele veio a correr, abriu a porta e depois convidou-me para jantar e falámos imenso sobre os problemas que ele estava a ter. Sentia-se profundamente inseguro sobre o que lhe iria acontecer por causa do exército; e estava quase a acontecer.
 
Havia algumas brincadeiras com os rapazes?

Nem por isso, ele limitava-se a estar com os rapazes e pronto. Por acaso lembro-me deles, mas nunca me mantive em contacto com nenhum deles.
 
E agora tenho aqui uma pergunta para lhe fazer. Isto tem intrigado muitos fãs e também já pensei no assunto. A cena na piscina foi obviamente filmada num dia quente de Verão e toda a gente usava camisas de manga curta ou bikinis. Mas durante a atuação de Baby I Don’t Care, Elvis estava a assar com um pullover de lã de gola alta. Faz alguma ideia porquê?

Não estava realmente frio, era um dia típico da Califórnia. Mas provavelmente foi como eles o quiseram vestir. A pessoa do guarda-roupa sabia exatamente que aspecto ele devia ter. Quer dizer, nunca gostei muito da maquiagem que tinham de nos colocar. Na altura e que estávamos a fazer o filme, tínhamos de ter o aspecto típico que as pessoas tinham em Hollywood.


Ha que altura teve alguma indicação de como Elvis iria durar tanto? Apercebeu-se de que ele iria ainda ser tão popular nos dias de hoje?

Na noite em que saímos e conversámos, disse-lhe que ele nunca teria de se preocupar com nada. O maior receio dele era que ninguém nunca fosse capaz de lhe dizer que não e, sim, sempre soube que ele seria importante.
 
 



E que tal sobre romance, houve algum?

Estás a ver, quando representávamos juntos estávamos apaixonados. Se um actor não consegue chegar a essa profundidade, então ninguém consegue acreditar nele, por isso cada momento foi tão intenso que nos amávamos totalmente um ao outro. Foi um bom filme porque foi totalmente credível.
 
É uma pergunta difícil, mas há alguma coisa em particular que se destaque na sua cabeça. Elvis fez ou disse alguma coisa de que se lembre mais?

Sim, é difícil, porque tudo sobre o que falámos foi bastante sério, mesmo que não convivêssemos muito. Foi tão intenso quando conversámos e quando estávamos a filmar, que cheguei a inventar coisas para parecer mais natural. Quer dizer, quando nos beijámos e eu disse que estava a ficar toda derretida, isso foi improvisação.
 
Isso é maravilhoso, aposto que os fãs vão ver essa parte do filme com muito mais interesse quando voltarem a vê-lo. Bem, isto leva-me à pergunta inevitável; como acha que o mundo deve recordar Elvis Presley?

Acho que na realidade ele trouxe a música negra ao mundo quando o homem branco não a podia aceitar. Literalmente apresentou-a ao mundo, se bem que Little Richard já estivesse em campo. Eu sempre adorei os blues e fui criada em Chicago. Mas porque ele a trouxe para a ribalta, abriu caminho para que todos se lhe seguissem, desde os Beatles aos Rolling Stones e muitos mais.
 
Bem, muito obrigada pela conversa, Jennifer. A propósito, espero conseguir persuadi-la a vir até à Inglaterra como convidada de um dos nossos eventos.

Nunca fui à Inglaterra, não é horrível? Adoraria ir, muito obrigada pelo telefonema.
 
Fonte: Livro Essential Interviews, de Andrew Hearn/elvis100percent.com

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