quarta-feira, 30 de outubro de 2013
O intrigante Coronel Parker
"Seja talentoso e sexy,filho e nós seremos ricos feito marajás!"
Coronel Parker
Durante os anos 30, o coronel trabalhava com o "Royal American Shows", um circo que viajava pelos Estados Unidos e até mesmo o Canadá em um trem particular que continha aproximandamente 70 vagões. Podemos dizer que a escola de Tom Parker foi o circo, onde aprendeu, de certa forma, a manipular o público.
Antes de Elvis, Tom Paker cuidou da carreria do famoso cantor country americano Eddy Arnold, entre 1944 e 1953. A patente de "Coronel" é um título honorário, que lhe foi concedido por Jimmie Davis, então governador da Louisiana no ano de 1948. Segundo alguns historiadores e fãs de Elvis, o relacionamento dos dois era estritamente profissional e nada além disso, nunca foram íntimos, conversavam na maioria das vezes para falar da carreira artística de Elvis.
Quando Elvis foi ao exército no ano de 1958, a qual teria sido uma ideia de Tom Parker, Elvis nunca foi visitado pelo seu empresário, tudo isso devido a sua controversa identidade. Tom Parker é criticado por alguns fãs por não permitir que Elvis fizesse shows fora dos Estados Unidos, com exceção de cinco shows em 1957 no vizinho Canadá.
No entanto, outros afirmam que Parker foi importante na divulgação de Elvis para o mundo, para que assim, todos conhecessem o talento do menino do sul dos EUA que viraria um mito..
Em uma edição recente da revista Essential Elvis A viúva do coronel, Loanna Parker,é compreensivelmente, muito positiva sobre seu marido anterior. Ela disse:
"O coronel jamais oscilou em seu compromisso de fazer o melhor trabalho que podia para Elvis.
Assim, muito se tem escrito em uma luz negativa sobre como o coronel fez isso ou fez aquilo para impactar negativamente o Elvis de alguma forma, e posso dizer-lhe que durante todo o tempo em que os vi juntos de 1969 até morte de Elvis em 1977 nunca vi uma situação em que o coronel não fez o que era no melhor interesse de Elvis.
Nunca houve um tempo em que Elvis foi 'forçado ou coagido 'a fazer qualquer coisa que ele não queria fazer. Todo projeto que veio junto o coronel garantiu que Elvis aprovasse e assinado no mesmo. Você tem que entender, o coronel sabia o lado do negócio e Elvis sabia o lado criativo e eles permitiram um ao outro fazerem suas próprias coisas. Ninguém nunca disse a Elvis o que fazer. O relacionamento deles era muito complexo. "
No entanto quando se examina a popularidade de Elvis se surpreende, você tem que considerar o fato de que foi ELVIS e suas performances dinâmicas que atingiram essa enorme impacto sobre adolescentes e de meia-América. Foi extraordinário o talento de Elvis que criou um grupo de fãs cuja devoção foi inigualável na história do pop. Gestão do coronel não causou isso. Ele foi causado pela necessidade do público em geral para uma mudança do pós-guerra social e musical combinada com o impacto dinâmico da criatividade de Elvis.
Embora muitas vezes foi declarado que Elvis manteve o excesso de trabalho devido à sua necessidade de dinheiro, há pouca dúvida de que uma estratégia de gestão de um lançamento do álbum inspirado (juntamente com singles associados), uma turnê e, talvez, um filme original por ano teria sido muito para manter o dinheiro rolando.
Na verdade milhões de dólares foram literalmente oferecido a Parker para Elvis fazer uma turnê no exterior. Isso não só criou os desafios que para Elvis era necessário para o manter saudável e interessado, mas também teria fornecido uma fonte fácil de dinheiro.
Assim, enquanto Elvis se tem sido responsabilizado pela forma como sua vida, infelizmente, saiu do controle ao seu fim trágico, não pode haver dúvida de que a má gestão Parker desempenhou um papel importante na sua morte de Elvis.
Curiosidades
O coronel Tom Parker era suspeito de homicídio e foi diagnosticado como psicopata no Exército.
Qual o segredo para o senhor estar sempre ‘por cima’ da situação", perguntou em 1960 um repórter da revista Variety ao coronel Thomas Andrew Parker (1909-1997), o tirânico empresário de Elvis Presley.
"Situação? É muito simples: eu sou a situação", respondeu Parker. Típico do coronel, que já foi descrito como "ególatra", "magnânimo", "paternal", "arrogante" ou "filho-da-p#$!", dependendo do humor - e da amizade ou inimizade - com o interlocutor. Parker estava pouco se lixando.
Privadamente, porém, o coronel escondia um passado nebuloso. Em 1933, quando era um soldado raso do Exército americano, Parker recebeu baixa. Diagnóstico: "Depressão aguda psicogênica, estado de psicopatia constitucional e psicose", declarou uma junta médica depois de Parker sofrer uma crise nervosa preso na solitária, por indisciplina. "Caráter violento e instável. Potencialmente homicida."
Paira ainda a suspeita de que tenha matado a bela Anna van den Enden, esposa de um verdureiro da cidadezinha de Breda, na Holanda.
"Tom Parker" era um nome falso. Andreas Cornelis van Kujik era um holandês adestrador de cães. Partiu ilegalmente aos EUA, em 1929, no mesmo dia em que Anna, sua suposta amante, foi espancada até a morte - segundo a polícia, um crime passional. Na América, adotou o nome que o deixou famoso e inventou uma biografia: dizia ter nascido em Huntington, Virgínia Ocidental.
Depois de expulso do Exército, trabalhou no circo e, nos anos 40, empresariou cantores country, como Jimmie Davis e June Carter (futura esposa de Johnny Cash). O título de coronel era honorífico - um mimo dado por Davis quando virou governador da Louisiana. Parker fora seu marqueteiro político.
Em 1955, virou empresário de Elvis. Seu mau temperamento era notório. Na gravadora RCA, os novos funcionários recebiam a instrução de "ser sempre amigáveis com o coronel", que era cruel com subalternos. Numa ocasião, expulsou do carro, em plena autoestrada, o secretário particular Jason "Bevo" Bevis Jr. Jason era levemente retardado, e não acendera com rapidez suficiente o charuto do coronel.
Isso lembrava o seu próprio pai. Na adolescência, Andreas montou um número de circo com os cavalos da família. O pai se enfureceu e bateu de cinta nele em frente do público. "Seu inútil! Você nunca será nada na vida!"
A partir da fuga para os EUA, Andreas van Kujik não deu mais notícias à família. Em 1960, porém, sua cunhada o viu numa foto de revista feminina, ao lado de Elvis. Quase desmaiou. "Meu Deus! Esse é o Dries (apelido que a família dava a Andreas)", exclamou. O sobrinho de Parker, Ad Jr., escreveu para o fã-clube de Elvis uma carta endereçada ao coronel: "Você é mesmo o meu tio?"
Surpreendentemente, o coronel respondeu à carta, assinando "Andre" - e não "Tom". Convidou o sobrinho para passar uma temporada em Los Angeles. No entanto, não demonstrou emoção alguma ao receber do jovem notícias dos seus familiares.
Parker tinha medo do passado. Não se naturalizou americano. Checariam seu passaporte e poderiam descobrir algo. Por causa dessa obsessão com o sigilo, nunca permitiu que Elvis excursionasse fora dos EUA. Certa vez, declinou a oferta de US$ 2,5 milhões para uma turnê do Rei do Rock pela América Latina. Depois da morte de Elvis, o coronel mudou-se para Las Vegas, onde prestou assessoria de entretenimento para o Hotel Hilton.
Ok, Tom Parker tinha outro nome, saiu de modo esquisito da Holanda, e o Exército o julgava um psicopata. Mas isso faz dele um assassino? "Nunca saberemos", escreve Alanna Nash, biógrafa do coronel. Esse mistério foi junto com ele para o túmulo. O coronel faleceu em 21 de janeiro de 1997.
Segundo testemunhas, o ouvido musical de Parker era zero e, das músicas que Elvis gravou, só gostava de Are You Lonesome Tonight. Porém, a relação com Elvis era de domínio quase total.
Parker decidia quais músicas devia gravar. Era o coronel que aprovava os argumentos dos filmes de Elvis em Hollywood - apesar de não saber ler. Era, enfim, o coronel quem decidia sobre as amizades do cantor e até com quem deveria casar: pressionou Elvis a trocar alianças com Priscilla Beaulieu Presley em 1967, quando ela ficou grávida de Lisa Marie.
No show business, os empresários normalmente ganhavam 10% de comissão sobre os clientes. Parker, no fim da carreira de Elvis, cobrava 50%. E achava pouco. "Elvis é que tira 50% de tudo que eu ganho", disse. Durante a carreira do cantor, o coronel fez vista grossa à sua dependência de barbitúricos, tranquilizantes e anfetaminas.
Elvis tentou uma rebelião contra a tirania. Em 1968, no especial de Natal da rede NBC, o coronel queria Elvis de Papai Noel. Elvis se apresentou de preto, cantou com garra as suas músicas prediletas. Foi um dos melhores momentos da sua carreira.
Mas, quando morreu, em 16 de junho de 1977, continuava preso à relação doentia. Segundo a jornalista Alanna Nash, autora de The Colonel - The Extraordinary Story of Colonel Tom Parker and Elvis Presley (2003), Elvis sofria de síndrome idêntica à das esposas abusadas. "Ele não conseguia largá-lo, pois essa era a única vida que conhecia", diz ela.
Fonte: http://culturadita.blogspot.com.br
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