Após seu sucesso em Las Vegas, Elvis entrou em turnê.
Para o primeiro show de Elvis na estrada, o Coronel Parker arrumou para
que ele aparecesse no Houston Astrodome junto com o Texas Livestock
Show.
A lógica por trás da escolha de uma arena tão grande
era simples: Elvis, "O Maior Artista do Mundo", deveria aparecer
somente em coliseus ou locais para shows magníficos.
Além disso, o Texas sempre fora bom com Elvis. Em
1955, o Leste do Texas foi o palco do grande surgimento da Elvis-mania, o
que ajudou a alavancar sua carreira. Para retribuir esta gentileza e
talvez para garantir as vendas, os ingressos para o show de Elvis no
Astrodome tiveram seu preço bastante reduzidos, para alguns assentos o
preço foi um dólar.
Apesar do impulso na confiança depois das vitórias
em Las Vegas, Elvis ficou estupefato pelo tamanho do Astrodome e o
pensamento de ter que agradar 44.500 pessoas. Referindo-se ao Astrodome
como um "oceano" ele se preocupou sobre perder sua energia e dinamismo
em uma arena tão grande.
Novamente suas preocupações se mostraram infundadas
por que o Astrodome ficou lotado todos os dias da turnê, e os críticos
de música locais deliravam sobre seu carisma pessoal e sua encenação
excitante. Pela primeira vez desde os anos 50, Elvis era atacado após
seu show em um exemplo amedrontador de uma histeria enorme. Sua limusine
estava estacionada na porta do palco para que ele pudesse sair
rapidamente, mas os fãs puderam alcançar o carro rapidamente. Eles
ficaram ao redor do veículo; alguns tentaram passar flores e presentes
pela porta e janelas enquanto outros apenas desejavam tocar no seu
ídolo.
Após conquistar Houston, Elvis continuou em turnê.
Ele estava geralmente na estrada por várias semanas em um mês, além de
tocar em Las Vegas em fevereiro e agosto. Sua programação de turnê era
sacrificante. Em 1971, Elvis estava na estrada mais que a maioria dos
outros no show business.
Elvis faria uma turnê por três semanas, não tirando
folgas e fazendo dois shows nos sábados e domingos. Ele descansaria por
algumas semanas e depois repetiria o ciclo. Elvis geralmente tocava uma
noite significando que cada apresentação seria realizada em um local
diferente. Geralmente, Elvis e seu pessoal chegavam na cidade e
deixavam-na em menos de 24 horas.
Uma programação tão exigente podou o desejo de Elvis
de atualizar ou alterar o material do show. Eventualmente, suas
apresentações se tornaram padronizadas, até mesmo caíram na rotina.
Apesar disso, os shows de Elvis estavam quase todos esgotados.
Durante o show final em Houston, Elvis teve
problemas com os olhos. Ao retornar à Memphis, ele foi ao Hospital
Baptist Memorial, onde foi diagnosticado com glaucoma, uma grave doença
dos olhos que pode eventualmente resultar em cegueira.
Elvis foi consumido por um medo irracional que
ficaria cego até o final ano. Ele ficou melancólico, irritável e
recluso. Levou seis meses para que seu médico, sua família, e seus
amigos conseguissem convencê-lo que seu caso era tratável. Sua reação ao
problema pareceu um resultado de fadiga e nervosismo associados ao
calendário exaustivo.
Realizar as turnês e os shows em Las Vegas
tornaram-se a base da carreira de Elvis durante os anos 70. Este
comprometimento de 57 ou 58 shows geralmente duravam um mês, uma
programação igualmente exaustiva a estar na estrada. Além disso, a
pressão de se apresentar ao vivo era tão exaustiva quanto a natureza
física das apresentações,
resultando em insônia, episódios de depressão e
respostas emocionais exageradas.
Um pouco disso era mostrado em suas apresentações
durante o início dos anos 70, aqueles que assistiam ele no palco ficavam
maravilhados com a excitação que ele gerava nas platéias. Indicativo de
seu show durante este período de tempo foi o Elvis: Aloha From Hawaii que não só foi televisionado mas também gravado e lançado em um álbum chamado de Aloha From Hawaii via Satellite. O álbum estava no topo da Billboard, permanecendo nesta posição por 52 semanas. Foi o último álbum do Elvis a alcançar o Nº 1.
Fonte:lazer.hsw.uol.com.br