Elvis recebeu as melhores análises de sua carreira com o seu personagem Danny Fisher em Balada Sangrenta, um drama musical que acontece em New Orleans. Danny não está satisfeito com a situação financeira de pobreza da sua família e culpa seu pai pelos problemas. Ele vai até uma boate para ganhar algum dinheiro - um trabalho que coloca o jovem em companhia de alguns personagens desonestos. Um encontro com Ronnie (Carolyn Jones), amiga de um gangster local, faz Danny ser expulso da escola. Naquela noite, na boate, Danny encontra Ronnie e o gangster Maxie Fields (Walter Matthau) que insiste que Danny cante uma música.
O talento natural de Danny chama a atenção do dono da boate, que oferece a ele um emprego. Danny está em dúvida. Ele está dividido entre o amor da mocinha Nellie (Dolores Hart) e sua atração pela fatal Ronnie. Danny também está dividido entre o seu desejo de ser cantor e a tentação de se juntar a uma gangue. Uma discussão violenta com o líder da gangue (Vic Morrow) deixa Danny seriamente ferido. Depois que Ronnie cuida dele, Maxie com ciumes a mata a sangue frio. Maxie é baleado por um membro da gangue que Danny conhecia. Danny volta a cantar na King Creole, reconcilia-se com a sua família e com Nellie.
Nos bastidores de Balada Sangrenta
Geralmente considerado o melhor filme de Elvis, Balada Sangrenta se aproveita do talento de vários atores de Hollywood. O produtor Hal Wallis escolheu um dos seus amigos mais próximos, o reconhecido Michael Curtiz, para dirigir o filme. Mais conhecido como o diretor de Casablanca, Curtiz era uma pessoa que sabia lidar com qualquer gênero de filme devido a sua carreira de 30 anos.
O controle de muitas cenas de Balada Sangrenta reflete o conhecimento de Curtiz. Outro veterano de Hollywood que formou a equipe foi o cineasta Russell Harlla, que fez a iluminação do filme num estilo escuro que captava a atmosfera do French Quarter. O nível de experiência que Wallis, Curtiz e Harlan trouxeram para a produção de Balada Sangrenta nunca seria alcançado por nenhum outro filme de Elvis.
O elenco de apoio representava os melhores atores de Hollywood da década de 50. Carolyn Jones, que fez Ronnie, foi indicada ao Oscar no ano anterior por seu rápido, mas eletrizante desempenho em Despedida de Solteiro. Atores notáveis como Paul Stewart (Cidadão Kane), Dean Jagger (Natal Branco), e Vic Morrow (Semente da violência) ajudaram a manter o alto nível de atuação, já que qualquer deslize de Elvis não passaria em branco. Embora relativamente desconhecido em 1958, Walter Matthau se tornaria um astro em comédias clássicas como Um Estranho Casal e Uma Dupla Desajustada.
Durante as gravações em New Orleans, eram por causa de curiosos e fãs que Wallis teve que pedir uma segurança mais forte. Toda a cobertura do Hotel Roosevelt foi reservada para o elenco. Pinkerton patrulhava a cobertura, os elevadores e as escadas para manter os fãs longe. Como uma precaução a mais, Wallis insistiu que o elevador não poderia ir até a cobertura para evitar que estranhos chegassem até o andar de Elvis.
O simples fato de voltar ao seu quarto no final do dia era difícil para Elvis porque sempre havia uma multidão para vê-lo no saguão do hotel. Para evitar a multidão, Elvis entrava no edifício ao lado, pulava a janela, cruzava o teto e entrava no seu hotel pela saída de incêndio.
Na sua autobiografia, Wallis recontou um momento particularmente triste para Elvis. Ansioso para experimentar a famosa cozinha de New Orleans, Elvis ficou desapontado por saber que ele não poderia jantar no lendário Antoine's porque ninguém garantia o controle da multidão. Durante a sua estada em New Orleans, Elvis pedia serviço de quarto. O isolamento era o preço que Elvis pagava pelo estrelato e, do seu ponto de vista, isso começou a afetar seu estilo de vida.
Canções apresentadas em Balada Sangrenta
- Crawfish
- Steadfast, Loyal and True
- Lover Doll
- Trouble
- Dixieland Rock
- Young Dreams
- New Orleans
- Hard Headed Woman
- King Creole
- Don't Ask Me Why
- As Long as I Have You
- Turtles, Berries e Gumbo (cantada pelos vendedores na rua)(essas ultimas não entraram no disco)
- Banana (cantada pelo personagem de Montevecchi)
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