quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
A volta a América e os novos rumos
Assim que Elvis pisou em solo americano após sua dispensa
do exército, repórteres caíram sobre ele com perguntas sobre sua
carreira. Entrevistas nos jornais revelaram que ele não tinha intenção
de abandonar o rock 'n roll "enquanto as pessoas o quisessem". Quase
imediatamente, Elvis e o Coronel Parker embarcaram em uma jornada
destinada apenas a isso; eles alteraram a imagem de Elvis usando as
mesmas arenas de entretenimento que construíram sua imagem a primeira
vez - gravações, televisão e os filmes.
Elvis e o Coronel Parker não estavam mais interessados em
rock 'n roll, que tinha mudado entre 1958 e 1960. Na realidade, os
músicos do rock eram mais controversos do que nunca: Little Richard
estava com dificuldades com a IRS; Chuck Berry foi preso por violar a
Lei de Mann; e Jerry Lee Lewis foi banido por fugir e casar com uma
garota de 13 anos de idade. Para piorar as coisas, pelo menos aos olhos
da imprensa, a garota era prima de Lewis e ele já era casado na época.
Todos esses escândalos serviram para suspender suas carreiras
temporariamente e danificar a reputação já maculada do rock 'n roll.
Enquanto o escândalo reivindicava alguns roqueiros, a
morte reivindicava outros, como Buddy Holly, Ritchie Valens, o Big
Bopper (J.P. Richardson) e Edde Cochran. A perda desses pioneiros do
rock no cenário musical contribuiu para a elevação da popularidade dos
cantores de baladas. Logo no início de 1958, artigos em revistas
musicais começaram a perceber com prazer que os cantores de baladas
estavam substituindo os artistas mais desvairados que estiveram nas
paradas.
Quando Elvis voltou para casa em 1960 - entre manchetes proclamando "Coro de gritos adolescentes sacode Elvis para fora do Exército" e "O Exército fez de Elvis um novo Homem" - o palco estava montado para ele adotar um estilo mais suave. O Coronel se beneficiou da boa publicidade sobre o período de serviço de Elvis para promover um Elvis mais maduro que, ele esperava, atraísse uma audiência maior.
Quando Elvis voltou para casa em 1960 - entre manchetes proclamando "Coro de gritos adolescentes sacode Elvis para fora do Exército" e "O Exército fez de Elvis um novo Homem" - o palco estava montado para ele adotar um estilo mais suave. O Coronel se beneficiou da boa publicidade sobre o período de serviço de Elvis para promover um Elvis mais maduro que, ele esperava, atraísse uma audiência maior.
Os críticos e fãs do rock 'n roll viram essa mudança
como um declínio, mas na realidade era uma mudança deliberada na imagem
de Elvis. Elvis e seu gerente abandonaram a notoriedade do rock 'n roll
para o apelo mais amplo de filmes e música popular. Em termos de
sucesso financeiro e popularidade geral, eles tomaram a decisão certa. Uma
única imagem soma as ramificações desta importante mudança na carreira
do jovem cantor: o cabelo comprido de Elvis, que foi tão
cerimoniosamente tosquiado para seu alistamento no exército, nunca
cresceu novamente. Duas semanas após sua
dispensa, Elvis viajou para Nashville para sua primeira sessão de
gravação em quase dois anos. Elvis se juntou no estúdio com dois de seus
melhores amigos, o guitarrista Scotty Moore e o baterista D.J. Fontana.
Bill Black, que tocou o baixo de Doghouse para Elvis, não era mais
parte de sua banda. Moore, Black e Fontana foram os músicos de reserva
de Elvis durante a maior parte de sua carreira anterior, mas no outono
de 1957, Moore e Black demitiram-se como membros regulares da banda de
Elvis.
O dinheiro provavelmente tinha muito a ver com a
decisão deles, já que Scotty e Bill receberam apenas US$100 por semana
enquanto estavam em Memphis e US$200 por semana quando estavam na
estrada. Presume-se que o Coronel foi o responsável pelos salários
mesquinhos, mas em toda sua carreira Elvis nunca soube pagar salários
muito altos a nenhuma das pessoas que trabalharam com ele.
Black eventualmente formou seu próprio grupo, a Bill
Black Combo, e em 1959 eles gravaram uma canção instrumental chamada
"Smokie". Moore continuou a gravar com Elvis no estúdio como freelance
até 1969. D.J. Fontana, que foi recrutado do Louisiana Hayride, tinha um arranjo diferente com Elvis, que permitia mais dinheiro de reserva para ele em sua carreira. Moore
e Fontana não eram os únicos músicos contratados para as sessões de
gravação em Nashville. O famoso pianista country Floyd Cramer assinou, e
novamente os Jordanaires cantaram os vocais de fundo. Durante a
primeira sessão, Elvis cortou um disco que apresentava "Stuck on You"
por "Fame and Fortune" no lado B. No começo de abril, Elvis voltou para o
estúdio da RCA em Nashville para gravar faixas adicionais que eram
necessárias para completar um álbum.
No final de abril, Elvis Is Back! foi
lançado. Em menos de dois meses, a RCA tinha preparado e impresso esse
novíssimo álbum de Elvis Presley, e ele estava tocando no rádio.Elvis retornou do exército para um cenário musical bem diferente daquele que ele havia deixado. Anjos adolescentes com som suave, como Bobby Vee, Bobby Rydell, Frankie Avalon e Connie Francis conquistaram os jovens ouvintes, enquanto que a moda dançante do Twist os impulsionavam pelos salões de baile. Elvis e seu empresário, Coronel Tom Parker, começaram uma campanha para moldar a sua imagem em torno das tendências atuais e distante da controvérsia que o havia acompanhado antes do exército. A personalidade rebelde foi deixada de lado para assumir uma imagem pública mais madura; em sua música, a inovação de suas raízes do Estúdio Sun foram substituídas pelo cálculo de suas ambições em torno das tendências predominantes.
Apesar de muitos terem criticado esta mudança, ela não representou um declínio na qualidade da música de Elvis. Pelo contrário, Elvis Is Back
representa um pico na carreira do cantor, quando sua maturidade e
confiança levaram a um controle e foco em sua música. Como as gravações
de Elvis anteriores ao exército, este álbum ofereceu uma coleção
eclética de gêneros musicais, desde o dueto sentimental com Charlie
Hodge chamado "I Will Be Home Again" até o espirituoso "Reconsider
Baby", com um solo de saxofone blues de Boots Randolph. Mais uma vez, o
talento de Elvis para unificar estilos divergentes de música resultou em
um álbum inovador e bem-sucedido, atingindo o número 2 nas listas.
Nem todas as canções que Elvis gravou em Nashville foram incluídas no álbum Elvis Is Back. A RCA segurou para lançamento posterior duas das suas baladas altamente aclamadas: "It's Now or Never" e "Are You Lonesome Tonight?" A faixa melancólica "Are You Lonesome Tonight?" foi um claro desvio do tipo de música que Elvis cantava antes de ter entrado no exército.
Nos anos 20, Al Jolson havia tornado essa canção popular, mas Elvis estava provavelmente mais familiarizado com uma versão de 1959 da canção que havia sido gravada pela cantora popular Jaye. Ela havia emprestado o seu arranjo de uma versão de 1950 da Orquestra Blue Baron. Acredita-se que o Coronel Parker tenha insistido para Elvis gravar "Are You Lonesome Tonight?", ainda que dificilmente ele interferisse nas músicas que Elvis escolhia. A canção combinava perfeitamente com a nova imagem de Elvis como cantor para as massas. Quem poderia ter adivinhado que "It's Now or Never", uma versão retrabalhada do clássico de 1901 no estilo ópera italiana "O Sole Mio", se tornaria o single mais vendido do Rei do Rock 'n Roll? Mas então, em 1956, quando Elvis foi criticado pela maioria dos jornais dos Estados Unidos por balançar seus quadris ao ritmo blues de "Hound Dog", ninguém saberia que ele se tornaria o favorito da imprensa em apenas quatro anos.
Ao servir resignado ao seu país no exército de 1958 a 1960, Elvis havia conquistado os corações e mentes da imprensa e público geral. "It's Now or Never" foi ao ar em estações de rádio conservadoras que anteriormente não chegariam perto de um disco de Presley, expondo, assim, Elvis a um público mais amplo e adulto.
![]() "It's Now or Never" apresentava um som novo que foi um sucesso internacional para Elvis Presley |
Apesar disso, Elvis não gravou a canção apenas para obter um público maior. "O Sole Mio" foi composta por G. Capurro e Eduardo di Capua na virada do século XX, mas se tornou popular muito depois, com Mario Lanza. Elvis era um fã de Lanza e, sem dúvida, ouviu a gravação do cantor de ópera, mas também havia ouvido a versão em inglês "There's No Tomorrow" por Tony Martin.
Quando ainda estava no exército, Elvis pediu ao seu editor de música, Freddie Bienstock de Hill (da RCA), para encontrar alguém para compor uma nova letra para a canção. Os únicos escritores disponíveis em Hill and Range para fazê-lo eram Aaron Schroeder e Wally Gold, que aproveitaram a oportunidade porque sabiam que os royalties de uma canção de Elvis Presley seriam enormes. Eles compuseram a letra em menos de 30 minutos. Um cantor chamado David Hill (conhecido como David Hess) gravou uma demo com um arranjo no estilo cha-cha, e Elvis adorou. Ele foi desafiado pelo seu estilo de ópera e atraído pelo seu dramatismo.
"It's Now or Never" permaneceu nas listas por 20 semanas, mantendo a primeira posição nos EUA por cinco semanas. As vendas mundiais da faixa, de acordo com o Livro Guinness de Som Gravado, chegou a ultrapassar 20 milhões de cópias. Em 8 de maio de 1960, Elvis apareceu na TV pela primeira vez depois de sua dispensa do exército. Ele foi convidado para o Especial Frank Sinatra-Timex, também conhecido como Welcome Home Elvis (Bem-vindo ao lar, Elvis). O Coronel Parker havia fechado negócio com os produtores do show meses antes de Elvis ter sido dispensado de suas obrigações no exército. Ele acreditava que aparecer com Frank Sinatra apresentaria Elvis como cantor popular para um público mais amplo composto de adultos e entusiastas da música popular, como também para adolescentes e fãs de música country.
Nunca tendo sido uma pessoa que se arrisca, o Coronel se certificou de que Elvis fizesse um grande sucesso, lotando a audiência do estúdio com 400 membros de um dos maiores fã-clubes de Elvis. O programa recebeu classificações fenomenais, dando à ABC-TV uma audiência de 41,5 naquela noite. Elvis recebeu uma quantia fenomenal de US$125.000 por um total de seis minutos no ar.
Vestido com um fraque conservador mas estiloso, o antigo ídolo dos adolescentes cantou a canção "Witchcraft", de Sinatra, e Sinatra interpretou a canção "Love Me Tender", de Elvis. Sua opção de vestimenta, penteado mais curto, e conexões com o "Rat Pack" indicavam que a carreira de Elvis estava tomando uma nova direção. Quando Elvis e Sinatra cantaram as canções um do outro, era como se Sinatra estivesse passando a sua posição como ídolo popular à geração seguinte: "The Voice" (A Voz), como Sinatra era conhecido nos anos 1940, estava cedendo seu lugar para o Rei.
Sullivan pareceu ter esquecido que era o especial de Sinatra, não de Elvis, e havia outros quatro convidados a se apresentarem também. Alguns ataques à aparência de Elvis finalizaram a coluna com as observações de Sullivan de que o jovem cantor, "sem suas costeletas, havia substituído o que as mulheres provavelmente chamariam de um 'penteado alto'. Seu cabelo era tão alto na frente que parecia como uma rampa de esqui."
Menos de um ano depois, em 25 de março de 1961, Elvis fez uma apresentação ao vivo na Bloch Arena em Pearl Harbor, no Havaí. O show foi para arrecadar fundos para construir um memorial para o USS Arizona, o maior dos oito navios de guerra que haviam sido afundados em 7 de dezembro de 1941, durante o ataque aéreo de surpresa japonês a Pearl Harbor. Os preços dos ingressos para a apresentação de Elvis variavam de US$3 a US$10, com 100 assentos especiais reservados para pessoas que doaram US$100.
Elvis e o Coronel Parker compraram 50 desses assentos especiais e os doaram a pacientes do Hospital Tripler, no Havaí. O evento beneficente de Elvis arrecadou mais de US$52.000 para o fundo do memorial. Em 30 de março, a Assembléia de Deputados do Havaí aprovou a Resolução Especial 105 agradecendo a Elvis e ao Coronel. O evento beneficente para o memorial do Arizona poderia ser considerado uma boa jogada para sua carreira, pois ajudou Elvis a se tornar mais aceitável a um público adulto, mas sua carreira não foi a única razão pela qual Elvis concordou em fazer o concerto. Ele tinha uma natureza sensível e generosa. Elvis fez doações a instituições de caridade e outras causas justas por tuda a sua vida, independentemente de receber publicidade ou não por isso.
Cinco anos após esse evento benéfico, enquanto estava no Havaí filmando No Paraíso do Havaí (Paradise, Hawaiian Style), Elvis visitou o memorial concluído e colocou uma coroa de flores lá. Fotógrafos e repórteres correram para lá para registrar o evento, mas Elvis os mandou embora. Ele não queria que sua visita ao memorial se tornasse uma jogada publicitária.
Após o sucesso de Elvis Is Back e "It's Now or Never", Elvis e o Coronel decidiram que também era hora de reavivar a carreira cinematográfica de Elvis...
Fonte:howstuffworks
Elvis em DVD:"The Echo will never die!"
A verdadeira história por detrás da lenda: desde os primeiros dias de Elvis na Sun Records,o tempo no Exército dos EUA, os anos em LasVegas do inicio até o final trágico em Graceland. Mostra a sua carreira recorde,os filmes em Hollywood,o especial na Tv,suas incriveis músicas. Apresentando entrevistas com convidados especiais que conheceram e que foram amigos de Elvis,como Tom Jones, BB King, Sammy Davis, Jr., Ursula Andress, David Marsh, e mais, este programa é uma homenagem a maior lenda da música americana e revela as muitas razões para o carisma e sucesso, recursos duradouros para a existencia do mito Elvis.
Tom Jones, BB King, Sammy Davis Jr., Ursula Andress e o crítico de rock David Marsh juntamente com Casey Kasem prestam essa linda homenagem pessoal, única e para Elvis Presley.
Não pode faltar na sua estante!!
Elvis e o Cadillac Cor de Rosa
Quando Gladys ainda trabalhava como ajudante de enfermeira no hospital para Elvis poder frequentar a escola, ela viu um cliente parar à porta do hospital num Cadillac cor-de-rosa. Não se esqueceria mais daquele carro e só falava nele quando voltou para a casa. E Elvis jurara para si mesmo naquele mesmo dia que, quando ficasse rico, haveria de comprar um carro igualzinho para oferecer à sua mãe.
Gladys se encheu de emoção e de orgulho quando Elvis surgiu em casa com aquele lindíssimo carro cor-de-rosa.Ela não sabia dirigir,mas Elvis adorava passear com ele. Ele presenteou o carro à sua mãe em 1956 e jurou nunca se desfazer dele em sua vida. Cumpriu a sua promessa pois o carro ainda esta em Graceland.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
O encontro de Elvis com Nixon
A seis dias do Natal de 1970, Elvis deixou Graceland em direção a Washington para um encontro especial e inesperado por todos. Sozinho e com nome falso de John Burroughs, embarcou num vôo comercial da American Airlines em direção a capital americana. Seu sonho: se encontrar com o diretor do Departamento de Narcóticos do FBI.
Uma vez no na Capital Federal, acomodou-se no Hotel Washington, mas soltou uma praga quando soube que só poderia ser atendido três dias depois. Era uma Sexta-feira, e pensou logo o que fazer no final de semana, já que detestava a solidão. Retornou ao aeroporto e atravessou o país até Los Angeles, a fim de buscar o guarda-costas Jerry Schilling. No avião que os trouxe de volta à capital, Elvis usou o nome de John Carpenter, seu personagem no filme Change Of Habit. Durante o vôo, Elvis escreveu uma carta ao Presidente Nixon, usando papel timbrado do própria American Airline. Na carta Elvis escreveu o seguinte:
"Prezado Sr.
Presidente,
Primeiro eu gostaria de me apresentar. Sou Elvis Presley e admiro o senhor e tenho grande respeito pelo seu cargo. Falei com o vice presidente Agnew em Palm Springs há 3 semanas e manifestei a minha preocupação pelo nosso país. A cultura da droga, os elementos Hippie, a SDS, os Panteras negras, etc., não me consideram seu inimigo ou como dizem , o Establishment. Eu chamo isso de América, que eu amo. Estou e estarei à disposição para ajudar o meu país. Não tenho outro interesse ou motivo senão de ajudar o país. De modo que não desejo receber um título ou uma nomeação. Posso e poderei ser mais útil se for designado Agente Federal Independente, e poderei ajudar melhor através das minhas comunicações com gente de todas as idades. Acima de tudo, sou um entertainer, mas tudo quanto preciso são as credenciais Federais.
Primeiro eu gostaria de me apresentar. Sou Elvis Presley e admiro o senhor e tenho grande respeito pelo seu cargo. Falei com o vice presidente Agnew em Palm Springs há 3 semanas e manifestei a minha preocupação pelo nosso país. A cultura da droga, os elementos Hippie, a SDS, os Panteras negras, etc., não me consideram seu inimigo ou como dizem , o Establishment. Eu chamo isso de América, que eu amo. Estou e estarei à disposição para ajudar o meu país. Não tenho outro interesse ou motivo senão de ajudar o país. De modo que não desejo receber um título ou uma nomeação. Posso e poderei ser mais útil se for designado Agente Federal Independente, e poderei ajudar melhor através das minhas comunicações com gente de todas as idades. Acima de tudo, sou um entertainer, mas tudo quanto preciso são as credenciais Federais.
Estou no mesmo avião com o Senador George Murphy e nós tivemos discutindo os
problemas que o nosso país enfrenta. De modo que estou hospedado no Washington
Hotel, quartos 505-506-507. Tenho dois homens que trabalham comigo, chamados
Jerry Schilling e Sonny West. Estou registrado com o nome de Jon Burrows.
Ficarei aqui o tempo necessário para receber as credenciais de Agente federal.
Fiz um estudo profundo sobre o uso de drogas e técnicas Comunistas de Lavagem
cerebral e estou bem no meio de tudo isto, onde posso ser mais útil. Tenho
satisfação em ajudar contanto que tudo seja mantido em confidência. O senhor
pode mandar o seu pessoal ou quem quer que seja me telefonar a qualquer hora do
dia ou da noite hoje ou amanhã. Fui nomeado para o ano que vem, um dos dez
jovens de maior destaque da América. Vai ser em 18 de janeiro na minha cidade
natal, Memphis. Estou lhe mandando uma autobiografia resumida sobre mim mesmo,
para que o senhor possa compreender melhor este método. Eu gostaria muito de
vê-lo só para dizer alô, se o senhor não estiver muito ocupado.
Respeitosamente, Elvis Presley.
P.S.: Creio que o senhor também foi um dos dez homens de maior destaque da América. Tenho também um presente pessoal para o senhor que gostaria de lhe entregar, e o senhor pode aceitá-lo ou vou guardá-lo para o senhor até que possa recebê-lo".
P.S.: Creio que o senhor também foi um dos dez homens de maior destaque da América. Tenho também um presente pessoal para o senhor que gostaria de lhe entregar, e o senhor pode aceitá-lo ou vou guardá-lo para o senhor até que possa recebê-lo".
Na manhã de Segunda-feira, Sonny West também chegou a Washington para
juntar-se a dupla.
Enquanto isso na Casa Branca, um auxiliar de Nixon, Dwight L.
Chapin, enviou um memorando, em papel
timbrado da Casa Branca, ao Chefe do Gabinete Civil, H. R. Haldeman.
Nesse documento, Chapin explicou a visita proposta:
"Junto segue uma carta de Elvis Presley para o presidente. Como V. S.ª Sabe, Presley apareceu aqui esta manhã solicitando um encontro com o Presidente. Diz ele saber que o presidente é um homem muito ocupado, mas que gostaria de saudá-lo e oferecer-lhe um presente. Como V. S.ª sabe, Elvis Presley foi eleito um dos dez jovens de maior destaque do ano, com base no seu trabalho no campo de drogas. O objetivo da carta de Presley é que ele quer ser nomeado Agente Federal Independente, para atuar no problema das drogas, através de sua comunicação com gente de todas as idades. Ele diz que não é membro do establisment e que o pessoal da cultura de drogas, os elementos hippie, a SDS e os panteras negras são gente com quem ele pode se comunicar.
"Junto segue uma carta de Elvis Presley para o presidente. Como V. S.ª Sabe, Presley apareceu aqui esta manhã solicitando um encontro com o Presidente. Diz ele saber que o presidente é um homem muito ocupado, mas que gostaria de saudá-lo e oferecer-lhe um presente. Como V. S.ª sabe, Elvis Presley foi eleito um dos dez jovens de maior destaque do ano, com base no seu trabalho no campo de drogas. O objetivo da carta de Presley é que ele quer ser nomeado Agente Federal Independente, para atuar no problema das drogas, através de sua comunicação com gente de todas as idades. Ele diz que não é membro do establisment e que o pessoal da cultura de drogas, os elementos hippie, a SDS e os panteras negras são gente com quem ele pode se comunicar.
Sugiro que façamos o seguinte: Esta manhã Bud Krogh se avistará com o
Sr. Presley e falará com ele a respeito de drogas e sobre o que Presley
pode fazer. Bud também vai averiguar se existe algum tipo de agente
honorário ou alguma credencial que possamos entregar a Presley. É
recomendável que autorizemos Bud trazer Presley durante a Hora Livre,
para um rápido encontro com o presidente. Ele quer manter tudo em
confidência e acho que devemos respeitar o seu pedido. Conversei com Bud
Krogh a respeito desse assunto todo, e ambos somos de opinião de que
não seria certo descarregar Presley em cima do vice-presidente, já que
não seria necessário muito tempo do presidente e que seria muito
vantajoso para o presidente estabelecer alguma aproximação com o Sr.
Presley. Além do mais, se o presidente quer se avistar com alguns jovens
que não sejam do governo, Elvis Presley pode ser perfeito para
começar."
A visita foi aprovado e um segundo memorando foi redigido para Nixon, a fim de prepará-lo para o encontro com Elvis, onde
incluía alguns pontos temáticos e sugestões sobre o que Nixon poderia dizer a Elvis.
Finalmente o encontro aconteceu, no dia 21 de dezembro de 1970, uma data memorável para o rei.
Finalmente o encontro aconteceu, no dia 21 de dezembro de 1970, uma data memorável para o rei.
Segundo o memorando final sobre o encontro, redigido por Bud Kgroh, o encontro se passou dessa forma:
"O encontro se iniciou com tomadas de fotos do presidente e de Elvis Presley. Presley imediatamente começou a mostrar ao presidente a sua parafernália legal, inclusive distintivos da policia da Califórnia, Colorado e Tennessee. Presley disse que estivera se exibindo em Las Vegas, e o presidente respondeu que sabia como era difícil apresentar-se naquela cidade. O presidente mencionou que achava possível Presley alcançar a juventude e que era importante que Presley conservasse a sua credibilidade. Presley respondeu que fazia isto apenas cantando. Disse que não podia chegar perto dos jovens se fizesse um discurso no palco: que tinha de alcança-los à sua maneira. O presidente concordou. Presley disse que era de opinião de que os Beatles haviam sido uma força considerável para o espírito antiamericano. Disse que os Beatles tinham vindo a este país, ganho dinheiro e voltado à Inglaterra, onde lançaram um tema antiamericano. O presidente fez um gesto de assentimento e expressou certa surpresa.
"O encontro se iniciou com tomadas de fotos do presidente e de Elvis Presley. Presley imediatamente começou a mostrar ao presidente a sua parafernália legal, inclusive distintivos da policia da Califórnia, Colorado e Tennessee. Presley disse que estivera se exibindo em Las Vegas, e o presidente respondeu que sabia como era difícil apresentar-se naquela cidade. O presidente mencionou que achava possível Presley alcançar a juventude e que era importante que Presley conservasse a sua credibilidade. Presley respondeu que fazia isto apenas cantando. Disse que não podia chegar perto dos jovens se fizesse um discurso no palco: que tinha de alcança-los à sua maneira. O presidente concordou. Presley disse que era de opinião de que os Beatles haviam sido uma força considerável para o espírito antiamericano. Disse que os Beatles tinham vindo a este país, ganho dinheiro e voltado à Inglaterra, onde lançaram um tema antiamericano. O presidente fez um gesto de assentimento e expressou certa surpresa.
Em seguida, o presidente disse que os usuários
de drogas são também aqueles que estão na vanguarda do protesto
antiamericano. A violência, o uso de drogas, a dissensão, os protestos
parecem todos fundir-se no mesmo grupos de jovens.
Presley, muito
emocionado, disse ao presidente que ´estou do seu lado´. Presley ficou
repetindo que queria ser útil: que queria recuperar o respeito pela
bandeira, que estava se perdendo. Mencionou que não passava de um menino
pobre do Tennessee, a quem o país dera muito, e que, de certa maneira,
queria pagar de volta.
Ao fim do encontro, Presley voltou a dizer ao presidente quanto o apoiava e, em seguida, num gesto surpreendente e espontâneo, pôs o braço esquerdo em volta do presidente e o abraçou. Ao sair, Presley perguntou se se importaria de receber os seus dois associados. O presidente concordou e eles entraram para apertar rapidamente a mão do presidente. Nesse encontro, o presidente lhes agradeceu os esforços e voltou a manifestar a sua preocupação com a credibilidade de Presley."
Ao fim do encontro, Presley voltou a dizer ao presidente quanto o apoiava e, em seguida, num gesto surpreendente e espontâneo, pôs o braço esquerdo em volta do presidente e o abraçou. Ao sair, Presley perguntou se se importaria de receber os seus dois associados. O presidente concordou e eles entraram para apertar rapidamente a mão do presidente. Nesse encontro, o presidente lhes agradeceu os esforços e voltou a manifestar a sua preocupação com a credibilidade de Presley."
No encontro, Elvis deu de presente ao Presidente, um raríssimo Colt 45
de sua coleção particular, e é claro, saiu do encontro com o seu
desejado cargo de Oficial do Órgão Federal de Combate às Drogas.
No dia 31 de dezembro do mesmo ano, o Presidente Nixon enviou a seguinte carta a Elvis:
"Prezado Sr. Presley,
Foi um prazer conhecê-lo no meu gabinete recentemente, e quero lhe dizer novamente quanto apreciei a sua bondade de me presentear com a pistola Colt 45, comemorativa da Segunda Guerra Mundial e acondicionada naquela bonita caixa de madeira. O senhor foi muito gentil de me obsequiar com esse singular presente, bem como as fotografias de sua família, e estou encantado de poder incluí-las na minha coleção de recordações especiais. Com os meus melhores votos para o senhor, a Sr.ª Presley e a sua filha Lisa, de um 1971 feliz e tranqüilo.
Sinceramente, Richard Nixon."
"Prezado Sr. Presley,
Foi um prazer conhecê-lo no meu gabinete recentemente, e quero lhe dizer novamente quanto apreciei a sua bondade de me presentear com a pistola Colt 45, comemorativa da Segunda Guerra Mundial e acondicionada naquela bonita caixa de madeira. O senhor foi muito gentil de me obsequiar com esse singular presente, bem como as fotografias de sua família, e estou encantado de poder incluí-las na minha coleção de recordações especiais. Com os meus melhores votos para o senhor, a Sr.ª Presley e a sua filha Lisa, de um 1971 feliz e tranqüilo.
Sinceramente, Richard Nixon."
Fonte:elvisworld.com.br
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