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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Elvis:apenas dinheiro é o que interessa!




Que obra,quem foi o homem,que nada!Apenas vender Elvis é o que interessa!!!

 Os anos se passam mas a ganancia continua a mesma,conforme o ótimo texto de Sérgio Vaz...

Elvis  caiu no chão acarpetado do banheiro da mansão de 18 cômodos, no dia 16 de agosto de 1977, Elvis Presley já estava, na verdade, morto há um bom tempo. Misericordiosa morte final – e extremamente lucrativa. 

Morto, Elvis Presley vendeu ainda mais discos do que nos primeiros anos de fama e glória, na época em que era jovem, bonito, sensual, voz maravilhosa, possante, forte, negra, para desespero dos mais velhos, dos conservadores, das ligas de decência, e para o absoluto prazer de milhões e milhões de jovens em todo o mundo.

 “Elvis Presley é mais popular do que jamais foi quando vivo”, escreveu a revista US Magazine, em 1979, dois anos após a sua morte. Poderia ter escrito a mesma frase hoje. Ela certamente será correta daqui a cinco anos. Ou dez.






 A indústria Elvis Presley é poderosa, e não pára de progredir. Já se escreveram pelo menos 14 livros sobre ele; ex-mulheres, ex-guarda-costas, conhecidos, parentes, amigos, críticos, jornalistas, estudiosos, dezenas de pessoas já ajudaram a dissecar sua infância, sua carreira, sua obra, seus vícios, suas manias, seus costumes sexuais, tudo.

 Os direitos de vários desses livros foram comprados por Hollywood, o que garante que os cinemas de todo o mundo e a televisão serão regularmente abastecidos com mais filmes sobre sua vida – um deles, Elvis, o ídolo imortal (This is Elvis), semidocumentário de 1981, está em cartaz em três cinemas de São Paulo, hoje (o texto é de 1982). 

Sem contar, é claro, com os 33 filmes (quase todos horríveis, até mesmo na opinião do próprio Elvis) que ele estrelou em Hollywood, depois de trocar a imagem rebelde, sensual e agressiva pela de bom rapaz norte-americano. E sem contar com as incontáveis apresentações ao vivo e na televisão que foram filmadas. 





Venderam-se reproduções dos seus instrumentos, fotos ditas autografadas por ele, botas, miniaturas de sua mansão, medalhas, camisetas, cintos, estatuetas, cartazes, relógios, loções, gomas de mascar, jóias, velas, dedais, copos, xícaras, tudo que a imaginação humana possa conceber, com seu nome ou sua imagem. Venderam-se pedacinhos de tapetes e lascas das paredes da casa de Elvis – com a garantia de que o ídolo havia encostado neles suas mãos.

 Vendeu-se” até a própria Graceland, a majestosa mansão de altísssimas colunas brancas, construída em Memphis, Tennessee, em 1939, quatro anos depois de Elvis Aaron Presley nascer em Tupelo, cidade pobre do estado pobre de Mississipi, único filho sobrevivente de um pobre plantador de algodão, Vermon, e sua mulher Gladys, que, no parto, perdeu o irmão gêmeo de Elvis.






 A casa de 18 cômodos, vastos gramados e muitos anexos, em que Elvis viveu boa parte da vida, está aberta à curiosidade pública – mediante um módico pagamento, óbvio. (Só com o “pedágio” cobrado às visitas a Graceland, a família Presley arrecadou, nos dois primeiros anos após a morte do cantor, US$ 5 milhões.)

Os diretores da indústria Elvis Presley avisam que é bom fazer reserva com seis meses de antecedência, pois a procura é grande. Mas, fazendo a reserva, qualquer um pode ultrapassar os grandes portões de ferro que separam os terrenos da Graceland da calçada da rua, aliás chamada Presley Boulevard.
 Leia mais na fonte:
Fonte:50 Anos de Textos

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